segunda-feira, novembro 27, 2006

Para que preciso órgãos depois de morto!

Augusto, li o artigo que sugeris-te e não fiquei convencido quanto à moralidade dessa politica. Tudo porque não me sai da cabeça uma coisa, a de prever (se calhar erradamente) que os pobres e só os pobres iram vender os seus órgãos, pondo desta forma a sua vida em risco, o que faz com que sejam mais uma vez os prejudicados. Por isso não vejo essa ideia com muito bons olhos. Sou mais da opinião, que quando uma pessoa morre, seja porque razão for, os seus órgãos deveriam ser reutilizados para salvar outros, por lei. Em todo o caso, não sei se a minha solução resolvia o problema.

1 comentário:

  1. Relativamente ao facto de a doação obrigatória de órgãos após a morte resolver o problema, digo-te que não resolve, uma vez que para que uma pessoa após a morte possa doar um órgão tem de preencher requisitos muito estreitos, sendo que as principais causas de morte elegíveis para doação são as mortes cerebrais, e mesmo dentro destas, depende da causa de morte cerebral, do tempo de isquémia (falta de oxigénio), infecções, etc.

    Relativamente à legislação relativa à doação presumida, tens abaixo umas explicações que tirei do Portal da Saúde (tu neste momento és dador de órgãos)

    "Segundo a lei portuguesa, para haver doação em vida de órgãos, é necessário haver entre o dador e o receptor relação de parentesco até ao terceiro grau." (in Portal da Saúde)

    "A Legislação Portuguesa assenta no conceito de Doação Presumida, significando que uma pessoa a partir do momento em que nasce adquire o estatuto de dador. Para que alguém se torne não dador, terá que por iniciativa própria ou através de alguém de direito que o represente (pais, no caso de menores) submeter ao Registo Nacional de Não Dadores os impressos próprios para objecção à colheita de órgãos disponíveis em qualquer Centro de Saúde. (Esta objecção poderá ser total ou parcial.)" (in Portal da Saúde)

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