O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, ficará agora conhecido como o primeiro título de um grande estúdio a ter um lançamento exclusivamente digital nos EUA agora que a Paramount se tornou no primeiro grande estúdio a deixar a película em favor do digital. Contudo, a Paramount vai continuar com a película nos mercados internacionais, nomeadamente em países com parca penetração de projecção digital.
Até ao final de 2012, os números disponíveis mais recentes, entre os 551 ecrãs portugueses, 392 eram digitais.
O jornal associa o secretismo aos riscos para a imagem do primeiro grande estúdio a abandonar a patine e a mística da película, que ainda é o suporte favorito de cineastas como Quentin Tarantino ou Christopher Nolan. Nolan, que está a filmar o seu próximo filme de ficção científica, Interstellar, em 35mm e Imax, dizia na Primavera passada à Variety que os 35mm oferecem “uma profundidade à imagem que os formatos digitais não têm” e mostrava-se preocupado com a chegada a um momento em que “os estúdios tentam forçar as salas a converterem-se, retirando a película”, porque considera que a projecção digital ainda não tem resolução suficiente para ultrapassar significativamente a imagem de um televisor de alta definição.
Scorsese, que fez o seu Hugo em 3D, é menos purista que Nolan, mas mais sentimental. “Cresci com o celulóide", recorda à mesma revista, “havia um prazer sensual só de ver o celulóide… adorava fazer parte disso.”
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